Esse artigo aborda diferentes percepções e posicionamentos assumidos por estudiosos acerca das relações dos sujeitos sociais com as tecnologias, analisando-se, principalmente, as relações estabelecidas pelas crianças pequenas com as mídias digitais e da influência destes recursos no desenvolvimento infantil. Assim, parte-se dos estudos apresentados pelos pesquisadores Postman (1999), Buckingham (2007), Tapscott (1999), Veem e Vrakking (2009) e Prensky (2010), articulando os conhecimentos produzidos por eles com a análise sociológica dos usos e apropriações empreendidas por Cardon (2005), Belloni (2010) e Peixoto (2012). Pesquisa bibliográfica, realizada em nível de mestrado, com análise qualitativa, cujo objetivo principal foi conhecer estudos desenvolvidos em torno da integração das mídias digitais ao cotidiano das crianças.
Este estudo apresenta uma discussão sobre o modo como as competências das crianças são destacadas no cenário escolar levando em consideração as interações que estas estabelecem entre si e com os adultos em presença. O grupo de crianças que participou desta investigação frequenta o terceiro ano do ensino fundamental da rede municipal de Cuiabá-MT. O referencial teórico é fundamentado na Teoria históricocultural (VIGOTSKI, 1989) e na Sociologia da infância (JENKS, JAMES & PROUT, 1998). A metodologia adotada foi a etnografia e o procedimento a observação participante. Os resultados indicam que a significação da competência atribuída pelos professores está associada ao bom comportamento e domínio dos conteúdos. Nas relações entre pares a significação da competência foi associada a um número maior de habilidades além da influência das competências valorizadas pelos professores.
Essa pesquisa tem como proposta realizar uma releitura da abordagem da Lei n. 10.639/03, utilizamos como caminhos metodológicos, entrevistas com profissionais que estão ligados ao contexto educacional e que experenciam cotidianamente as possibilidades, iniciativas e entraves da aplicabilidade da referida lei. Objetivamos entender como a lei n.10.639/03 se articula ao currículo escolar, bem como a compreensão de educadores (as) da Educação Infantil sobre a relevância da abordagem da temática étnico-racial no processo ensino-aprendizagem, destacamos a fala de uma educadora em especial por apresentar suas opiniões e concepções sobre o processo de implementação, bem como, apontar caminhos para a realização de um trabalho significativo em relação à educação para as relações étnico-raciais.
Este trabalho de pesquisa busca entender a pluralidade da educação ambiental, em função das diferentes racionalidades que lhe dão sustentação. Entendendo que a degradação ambiental é natural e cultural observamos como a antropofagia oswaldiana se insere como resistência de maneira muito semelhante à Educação Ambiental que tenha no Tratado de Educação Ambiental sua base estética e política, como discurso e prática. A metodologia utilizada para esta pesquisa é de cunho fenomenológico merleau-pontyano no entendimento da percepção individual e de vivências dialógicas. Num cenário de crise socioambiental há respostas de fraco alcance por parte de setores que fazem ou devem fazer educação ambiental (terceiro setor, governo e academia). Ações diferenciadas sugerem inovações dentro de estruturas semelhantes. À diferença entre uma ação e outra denominamos Educação Ambiental Antropofágica.
O Ensino Superior se caracteriza pela transmissão do conhecimento produzido historicamente, sua racionalização, e a construção de novos saberes. Dada a preocupação com a qualidade neste nível, este trabalho objetiva discutir a inovação pedagógica sob a ótica do que os docentes de um curso de Licenciatura em Ciências Biológicas entendem pela mesma. O trabalho segue uma abordagem qualitativa, se caracterizando também como um estudo de caso, o instrumento de coleta de dados foi o questionário. Os sujeitos da pesquisa (14) se constituíram de docentes do curso mencionado. As respostas demonstraram um entendimento superficial e muitas vezes deturpado do que seja inovação, em maioria entendiam a mesma como sendo os avanços sem suas áreas específicas. Assim, percebeu-se a necessidade de formação continuada, que leve a uma prática inter e transdisciplinar, o que pode impulsionar o processo inovador e criativo.
Na garantia dos direitos infantis dois olhares para o brinquedo e a brincadeira: a brinquedoteca hospitalar e o Brinquedo Terapêutico (BT), mas ambos não retratam o cotidiano social infantil segundo a teoria do brincar. O estudo em andamento propõe conhecer os efeitos da brincadeira e do (BT) nos escolares hospitalizados. O método é do tipo etnográfico. Os dados foram obtidos pelas observações e processados numa contextualização, o que resultou em relato descritivo. A análise foi permeada pela categoria de codificação. Os resultados até aqui indicam que no hospital o brincar constitui rotina prazerosa; a criança estabelece sua própria brincadeira. O BT relaciona-se à brincadeira no processo educacional e é meio de comunicação. Acredita-se que a saúde possa ampliar sua compreensão sobre o significado do Brinquedo nas ações de tratamento das doenças.
O presente texto tem por objetivo refletir acerca do contexto em que se funda a reforma educacional, no Brasil, e sua relação com os pressupostos da “nova gestão pública”. Para tal consideramos as atuais demandas politico econômicas que impulsionam os sistemas públicos de educação a acolher um modelo administrativo, gerencial de matrizes mais flexíveis e eficientes de forma a garantir a melhoria da qualidade da educação como tradução de melhores resultados.
A formação continuada a ser oferecida no espaço escolar recai, em grande parte, ao coordenador pedagógico como integrante da gestão escolar. Nesse texto destaca-se a necessidade da interdisciplinaridade como articuladora desse processo, especialmente na elaboração e execução do projeto pedagógico da escola de tempo integral e a própria formação continuada dos que dele participam. Como ponto de partida tomou-se a teoria subjacente à interdisciplinaridade, à formação contínua e à gestão pedagógica face à coordenação. A interdisciplinaridade aparece como diretriz e base no processo quando conduz a atitude de parceria, diálogo, autoconhecimento e humildade. A coordenação deve se apropriar dessas diretrizes para mediar a formação no contexto escolar par e passo com o desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem a ser oferecido pelos docentes visando a qualidade da educação.
Propõe-se neste artigo uma análise do papel do Estado na internacionalização da pósgraduação brasileira, com dados do “Plano Nacional de Pós-graduação 2011-2020” (PNPG 2011-2020).
Este artigo tem como objetivo analisar o processo de construção da autonomia no domínio das universidades públicas no contexto da educação superior brasileira até a Reforma Universitária de 1931, com ênfase na autonomia concedida pelo governo federal estabelecido à época.